Entrevistas

[ARQTALKS] A arte de “tornar sonhos realidade”

Foto: Guilherme Jordani

Às vésperas de completar a primeira década de fundação de seu escritório, o arquiteto Cristiano Tonietto iniciou seu trabalho e conquistou clientes antes mesmo de graduado. A naturalidade como a profissão foi tomando forma também não é uma novidade para o profissional, que sempre encarrou a arquitetura como uma parte de si próprio.

ARQ: O que despertou a sua paixão pela Arquitetura? Quais foram as influências?

É algo natural para mim, afinal, sempre estou nos lugares imaginando como eu faria para melhorá-los, torná-los mais bonitos e funcionais. Estou o tempo todo captando referências e acho que foi algo que o cinema marcou muito. Desde muito cedo sempre gostei de me envolver com novos projetos que envolviam arquitetura.

O cinema sempre foi uma grande fonte de inspiração para, e a Arquitetura com que me deparava nos filmes foi algo que me marcou muito, a partir de então tudo foi fluindo de maneira muito natural.

ARQ: Como iniciou no mercado de trabalho? Você lembrada primeira experiência fora da universidade?

Me recordo quando entrei na faculdade aos 17 anos e um amigo da família me pediu para desenhar uma pequena reforma que ele tinha em mente.

Fiz estágio voluntário no primeiro ano da faculdade e segui trabalhando em escritório de arquitetura desde então. Ao me formar, ao natural, eu já tinha trabalho e clientes. Aconteceu como uma continuidade.

ARQ: Qual foi o primeiro projeto executado totalmente por você? E qual foi a primeira dificuldade superada?

Foram diversos primeiros projetos, como seguem em paralelo não sei dizer se existe um único primeiro projeto. Lembro especialmente do meu primeiro projeto de grande porte, uma casa com uns 400m², piscina e quiosque. A casa continua lá, firme, forte, bonita e sua arquitetura contribuindo na boa convivência dos proprietários.

ARQ: De onde você tira inspiração para projetar?

De tudo. Viagens, arte, livros, filmes, moda, carros, design, referências de arquitetos e marcas do mundo todo.

ARQ: O quanto de um projeto é fruto do estilo próprio do arquiteto e o quanto é personalidade dos clientes?

Sigo minha linha conceitual e minhas diretrizes de maneira fiel, e sobre esta camada desenvolvo o projeto com a identidade do cliente.

Sempre levo em consideração que o objetivo de um projeto meu é a satisfação de quem vai usar e viver ali. Sendo assim tem que ter a alma, os costumes, as preferências do meu cliente. Mas tudo isto é tecido sobre uma base sólida que trago. Ainda buscamos nos antecipar a qualidades e necessidades que os clientes ainda não sabem que tem ou gostam.

ARQ: Pensando em seus clientes, o passar dos anos modificou as prioridades na hora de morar?

Sim, mudou. A busca por maior qualidade dos espaços, da arquitetura, dos equipamentos, dos acabamentos supera a busca pelos grandes espaços. Claro que sempre há a busca por espaços amplos, mas a qualidade é cada vez mais uma prioridade. Mudou também o nível de informação de todo mundo, então os clientes já tem um repertório muito maior. Outro fato importante é a aceitação das pessoas por pagar por peças com bom design, neste sentido está mais fácil.

ARQ: Pensando em mercado, é mais fácil ser arquiteto hoje do que quando iniciou sua carreira?

A exigência cresce sempre, e muito. Acho que há muito mais mercado e também muito mais oferta. Os clientes estão cada vez mais informados e capazes de escolher melhor os profissionais e os resultados alcançados.

ARQ: Qual a importância de ter um profissional assinando a obra?

Diria que além de importante é imprescindível. Com um profissional você reduz os custos e amplifica os resultados. Sem contar que viver a experiência de espaços de qualidade é algo que a todos deveriam ter acesso.

ARQ: O quanto você aposta em tendência e o quanto acredita em estilo?

Tendência, estilo, moda são maneiras de traduzir de onde a sociedade vem e para onde caminha, o que busca. Assim, temos que estar atentos ao rumo que as coisas estão tomando. É algo sutil e que experimentamos em uma espécie de catarse coletiva. Procuro estar sempre atento aos movimentos que vão se insinuando de forma sutil para oferecer ao meu cliente um trabalho à frente e que perdure.

ARQ: Pensando em mercado, quais os novos desafios apresentados por ele?

Diversos, sempre desafiador é o mercado. Assim como os sutis movimentos que antecipam modas e tendências. A informação é ampla e ofertada a todos de forma ostensiva. Sinto a necessidade de estar sempre informado, e de forma seletiva, com aquilo que trás crescimento. Nossos clientes já chegam atualizados. Devemos guia-los com segurança para que fiquem satisfeitos e ainda surpreende-los com algo surpreendentemente melhor.

ARQ: Podes nos contar uma história de sucesso, algum projeto que se orgulhe e que não vai mais esquecer?

Acredito ser sucesso estar a mais de uma década trabalhando na área e crescendo cada vez mais. Fico feliz cada vez que vejo um cliente usufruindo dos espaços que fizemos e cada vez que os clientes voltam ou indicam alguém para um novo objetivo de vida.

ARQ: E na contramão, existe alguma história de insucesso que queira compartilhar? Qual a lição tirada dela?

A construção de um projeto exige um aperfeiçoamento gradativo, toda essa dedicação visa antever as possíveis dificuldades da obra. Um bom planejamento e a parceria com profissionais de confiança fazem com que até mesmo os imprevistos sejam solucionados e que o cliente receba o seu ambiente de maneira perfeita.

ARQ: Qual o futuro da arquitetura em meio a contínua inovação tecnológica?

Ficar cada vez mais tecnológica, eficiente, e mais confortável.

ARQ: Se pudesse definir a profissão em uma frase, qual seria?

Tornar sonhos realidade.

ARQ: Como conheceu o Anuário de Arquitetura e Design da Serra Gaúcha? E por que decidiu apostar na publicação?

Conheci vendo a publicação nos melhores lugares que frequento em todo o estado. E por saber do seu alcance sempre apostei no sucesso deste trabalho.

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Imagem do projeto residencial 'Harmonia e alto astral' publicado no Anuário de Arquitetura de Design da Serra Gaúcha. Foto: Guilherme Jordani

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Imagem do projeto residencial 'Harmonia e alto astral' publicado no Anuário de Arquitetura de Design da Serra Gaúcha. Foto: Guilherme Jordani

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Imagem do projeto residencial 'Harmonia e alto astral' publicado no Anuário de Arquitetura de Design da Serra Gaúcha. Foto: Guilherme Jordani

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Imagem do projeto residencial 'Inspirado em memórias' publicado no Anuário de Arquitetura de Design da Serra Gaúcha. Foto: Guilherme Jordani

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Imagem do projeto residencial 'Inspirado em memórias' publicado no Anuário de Arquitetura de Design da Serra Gaúcha. Foto: Guilherme Jordani

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Imagem do projeto residencial 'Inspirado em memórias' publicado no Anuário de Arquitetura de Design da Serra Gaúcha. Foto: Guilherme Jordani

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Imagem do projeto residencial 'Inspirado em memórias' publicado no Anuário de Arquitetura de Design da Serra Gaúcha. Foto: Guilherme Jordani

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