[ARKTALKS] Cátia Giachelim: “A Arquitetura sempre me despertou paixão. O querer sempre mais, a beleza… sempre trazendo o melhor para meus projetos.”

O que despertou a sua paixão pela Arquitetura? Quais foram as influências? 

Esta paixão veio desde criança com as brincadeiras de desenhar e montar as casinhas. Sempre que fazia um desenho, tinha de ter a casa com seus telhados, chaminés, detalhes para portas e janelas… e claro um belo layout interno – um tanto ingênuo para a época. Com o passar do tempo, fui me encantando vendo as casas novas sendo construídas, bem como seus jardins.

Como iniciou no mercado de trabalho? Você lembra da primeira experiência fora da universidade?

Lembro sim. Minha primeira experiência fora da universidade foi um desafio. Um projeto arquitetônico residencial o qual detalhei a mão toda fachada em tijolos e o hall de entrada, pois tinham vários detalhes que precisavam ser expostos. Ficou perfeito.   Na sequência deste projeto montei um escritório com uma amiga, pois tínhamos de dividir sonhos, gastos, experiências e desafios, o que foi muito prazeroso e nos deu o pontapé inicial.

Qual foi o primeiro projeto executado totalmente por você? E qual foi a primeira dificuldade superada?

O primeiro projeto foi esta residência, no qual fio o projeto arquitetônico e acompanhei a execução da mesma.  A dificuldade foi enfrentar um mercado de trabalho no qual, numa cidade pequena como a nossa, ainda era dominado pelos homens – engenheiros e arquitetos -, mas isto foi superado na sequência.

De onde você tira inspiração para projetar? 

No início da minha carreira isto vinha de livros, revistas e viagens. Hoje em dia, com a tecnologia, usamos muito a internet para atualizações e as viagens, que sendo a lazer ou trabalho – feiras e mostras de arquitetura -, sempre nos traz muitas inspirações.

Pensando em mercado, quais os novos desafios apresentados por ele? 

Este ano está sendo um desafio, pois não estávamos preparados para uma pandemia onde todos teriam de repensar em tudo. Creio que o maior desafio seja passar por tudo isto, tentando de alguma maneira se reinventar e tentar fazer o diferente. E claro, um período de autoconhecimento muito forte para poder desbravar tudo isto.  Apresentar novas soluções e opções para nossos clientes para dar continuidade aos sonhos e projetos de casas novas, de reformas, de repaginações… que tudo isso ainda é possível e que vamos conseguir.

O quanto você aposta em tendência e o quanto acredita em estilo?  

A tendência hoje é adaptações de vida após nosso autoconhecimento. O trabalho voltado para o interior. A vida feita de dentro de casa para fora e o contrário também. Espaços interiores muito mais pensados ao conforto e ao convívio. Creio que isto seja a nova tendência, o de casas para morar, viver e trabalhar. Uma nova visão para tudo isto agrupado.  Em questão de estilos sempre fui e continuo com um estilo mais contemporâneo, prático, funcional e atemporal.

Se pudesse definir a profissão em uma frase, qual seria? 

A Arquitetura sempre me despertou paixão. O querer sempre mais, a beleza… sempre trazendo o melhor para meus projetos.

Como conheceu o Anuário da Serra? E por que decidiu apostar na publicação?

Conheci através do Gustavo numa visita ao escritório, ainda na primeira edição. Neste primeiro ano criamos um vínculo de amizade, mas não foi possível a participação do mesmo por vários motivos que no período não pode se concretizar. Mas na segunda edição já conseguimos concretizar esta parceria que dura até hoje.  O Gustavo passou uma segurança que era possível expor nossos projetos de uma bela forma em que tanto nós, quanto nossos clientes e parceiros, ficassem satisfeitos e felizes com o resultado. E foi exatamente isto que aconteceu.

Todo ano penso com carinho em qual projeto podemos colocar, pois todos são lindos e tem um detalhe diferenciado. Temos sempre de contar com o apoio de nossos fornecedores e apoiadores para concretizar este projeto, então, são etapas a serem vivenciadas e que torna o Anuário sempre um sucesso.