Entrevistas
[ARKTALKS] Marília Scorsatto: “Projetos únicos, juntamente com as novas tecnologias e materiais, tornam a arquitetura uma ferramenta em permanente transformação”
A arquiteta Marília Scorsatto está inserida no ramo da construção civil desde criança, através de sua família, e tem como influências nomes como Frank Floyd Right, Mies Van der Rohe e Ney Lima. Nomes de peso que traduzem seu trabalho diário no Grupo Scorsatto.
Confira nosso bate papo com Marília.
ARQ: O que despertou a sua paixão pela Arquitetura? Quais foram as suas influências?
Venho de uma família que sempre foi do ramo da construção civil. Meu avô era pedreiro de uma prefeitura do interior do estado, depois meu pai e meus tios começaram a construir aos poucos, portanto nasci envolvida neste ramo. A partir da decisão de continuar atuando na área foi que comecei a estudar e me interessar pelo assunto. Acredito que temos várias influencias, algumas conceituais, seguindo um pouco de Frank Floyd Right quando diz que os projetos devem ser individuais de acordo com sua localização e funcionalidade, um pouco de Mies Van der Rohe quando fala em racionalismo, geometria clara e de sofisticação, assim como o famoso “menos é mais” e quando falamos mais em escolhas de materiais e arquitetura contemporânea partimos pra influências como Ney Lima.
ARQ: Como iniciou no mercado de trabalho?
Durante a maior parte da faculdade acompanhei como estagiária como era feita desde a decisão de compra do terreno, a concepção de projetos, até a construção do edifício. Após formada comecei atuando em pequenos projetos, como layouts de pisos, banheiros, gesso e somente acompanhando os projetos arquitetônicos. Somente nos últimos anos que venho atuando nos projetos e execução das edificações.
ARQ: Qual foi o primeiro projeto executado totalmente por você? E qual foi a primeira dificuldade superada?
O primeiro edifício projetado e executado por mim foi o Axis Residence. O projeto é de 2013. Difícil enumerar uma dificuldade, são várias durante todo processo. Se formos falar em primeira mesmo são as escolhas de fachada. Materiais, elementos construtivos e como executá-los.
ARQ: O Grupo Scorsatto é especialista em empreendimentos em alto padrão. Como começou esse legado?
No ano de 1990 saímos de uma pequena cidade para iniciar a construção e incorporação em Passo Fundo. Aos poucos fomos conhecendo o mercado de trabalho e com toda a prática na execução e sempre em busca de novas tecnologias, conseguimos chegar ao patamar de hoje.
ARQ: De onde você tira inspiração para projetar?
Cada projeto é único. Sempre estamos de olho em tendências, principalmente no uso de novos materiais, trocamos muitas informações com nossos fornecedores. Também estamos de olho em blogs, mídias sociais e até mesmo os seriados nos trazem algumas inspirações.
ARQ: Pensando em mercado, quais os novos desafios apresentados por ele?
O mercado está em constante transformação. Nós também. O que tentamos é preencher os nichos de oportunidades. O que se vislumbra é que com a taxa de juros cada vez mais baixas as pessoas invistam em bens imóveis cada vez mais.
ARQ: Se pudesse definir a profissão em uma frase, qual seria?
Projetos únicos juntamente com as novas tecnologias e materiais tornam a arquitetura uma ferramenta em permanente transformação.
ARQ: Como conheceu o Anuário ARQ e por que decidiu apostar na publicação?
Conheci o Anuário ARQ por um de nossos parceiros, a Florense. Acredito que quando nos identificamos e acreditamos um no trabalho do outro acaba se tornando uma decisão fácil.