Tradicionalmente utilizada em ambientes comerciais, como restaurantes e bares, para expor o cardápio ou o prato do dia, a tinta lousa recebe cada vez mais espaço em projetos residenciais. A atmosfera descontraída tem sido uma opção em diversas aplicações, desde quartos, salas, escritórios e até banheiros. A utilização da parede de tinta lousa evidencia um perfil jovem, descolado e inovador de usuários, que procuram maneiras diferenciadas de interagir entre si e que possuem uma rotina corrida – característica que exige, ao chegar em casa, um ambiente mais leve e descontraído.

Tinta lousa no projeto de Rosana Dullius para o Anuário ARQ de Arquitetura e Decoração do Rio Grande do Sul 2019. Foto: Renan Costantin.

Já o lettering, ou hand lettering, é uma técnica de escrita que mistura arte e caligrafia. Para quem curte a ideia da parede em tinta lousa, mas não pretende mudar o texto ou imagem com frequência, ou não tem aptidão para deixá-la artística quanto gostaria, há a possibilidade de apostar na contratação de profissionais especialistas na técnica. A aplicação do lettering pode criar cenários nostálgicos e cheios de encanto. Mensagens motivacionais, desenhos, receitas… A versatilidade desse tipo de decoração não tem fim.

Exemplo de lettering em ambiente residencial. Projeto de Juliana Duré para o Anuário ARQ de Arquitetura e Decoração do Rio Grande do Sul 2019. Foto: Renan Costantin.

Para os mais adeptos do Do It Yourself (ou o faça você mesmo), algumas dicas são importantes:

1- Busque referências

Nisso, o Pinterest é seu melhor amigo. Encontre frases, desenhos e tipos de fontes e tente reproduzir à mão o que mais gostar, para entender o trabalho e conferir quais as habilidades necessárias.

2- O rascunho é seu melhor amigo

Um esboço no papel, idealmente em tamanho real, antes de ir para a lousa guiará o processo de escrita em giz.

3- Aponte o giz

Muitas pessoas não sabem, mas essa dica é essencial: se você quer desenhos e letras mais finos e com mais precisão, aponte o giz de cera.

4- Tipos de giz

Uma série de profissionais da área não indica o uso de giz líquido, por ser muito difícil de ser removido e, muitas vezes, manchar a lousa. As opções são o giz comum ou o giz pastel seco, esse último sendo um pouco mais caro.

5- Como apagar

Apagador ou apenas um passada de pano úmido não funcionam. É preciso passar o pano úmido pelo menos umas três vezes. A dica serve para sumir com aquelas partes do trabalho que não ficaram boas, sem que elas deixem um rastro branco esfumaçado na lousa.

6- Moldes

Imprimir um molde em estêncil, com um papel de maior gramatura pode funcionar em casos onde a habilidade da escrita à mão não seja tão desenvolvida.

7- Durabilidade

Usar laquê, ou spray de cabelo, por cima do desenho finalizado ajuda a mantê-lo por mais tempo na lousa.

No espaço comercial

Nos espaços comerciais, a tinta lousa traduz o mesmo estilo: espaços jovens, conectados e divertidos. Como é o caso do Bendito Bar, em Lajeado (RS), projetado pela arquiteta Sabrina Winter e pela designer Gabriela Wietholder, que utiliza da técnica de lettering em tinta lousa para conferir uma atmosfera descontraída ao público do espaço. Veja abaixo:

Arte em tinta lousa no Bendito Bar, de Lajeado, RS. Projeto da arquiteta Sabrina Winter e da designer Gabriela Wietholder para o Anuário ARQ de Arquitetura e Decoração do Rio Grande do Sul, 2019. Foto: Renan Costantin.